Mário Nogueira diz que decisão do governo é “declaração de guerra”

O dirigente da Fenprof garantiu que os professores vão lutar e apelou aos docentes para se juntarem às manifestação marcada para esta sexta-feira

O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, considerou a aprovação do diploma que contabiliza dois anos, nove meses e 18 dias como uma “declaração de guerra contra os professores” e anunciou que não vai ficar sem resposta.

"Pensará o Governo que com uma decisão destas em plena luta dos professores é uma espécie de colar uma pedra em cima do assunto, e não falar mais dele", disse o dirigente sindical, reforçando que o executivo “está bem enganado”. Para Mário Nogueira esta decisão, que considera “ilegal” só vai  tornar “ainda maior” a manifestação nacional marcada para sexta-feira. "Os professores responderão exatamente na moeda que o Governo tem que levar de resposta", alertou apelando aos docentes para se juntarem ao protesto. " Iremos à luta!"

Sobre as declarações do ministro da Educação que acusou os sindicatos de serem intransigentes, Mário Nogueira afirma que "o que tem de ser negociado é o modo e o prazo de recuperar o tempo de serviço. Essa negociação não aconteceu. O que ministro da Educação hoje disse é mentira, não houve negociação”.

Para Mário Nogueira, esta decisão “vem demonstrar e confirmar a prepotência e a inflexibilidade que o Governo tem abordado esta matéria” criticando a decisão do governo de não alterar “uma vírgula” em relação ao que foi apresentado no final de fevereiro.

O dirigente sindical considera “lamentável” que Portugal “seja governado por um governo que, não só não investe na educação, como desconsidera e desvaloriza os direitos dos professores”.