"Neste caso, já tenho um bocadinho a pele dura, porque o CDS pede a minha demissão desde 3 de julho de 2017. Ao fim de um ano, três meses e dois dias, já criei alguma resistência. Sem querer fazer ironia, acho que não faz sentido nenhum. Se tivesse sentido, obviamente já teria apresentado a minha demissão, não tenho apego a cargos que não me leve a ter a lucidez de analisar o que faço", considerou o ministro da Defesa.
Azeredo Lopes falava à margem da reunião dos ministros da Defesa da NATO, realizada em Bruxelas, sobre a proposta de comissão parlamentar de inquérito ao furto de armas em Tancos para apurar responsabilidades políticas do Governo.
"Que fique muito claro: aquilo que o CDS pede, pede legitimamente. É um partido político, está a fazer oposição, considera que eu devo demitir-me, por isso encaro isso sem quaisquer 'hard feelings', sem críticas pessoais, embora às vezes até pareça uma espécie de 'bullying' político", disse o governante, sublinhando que está a encarar "com toda a normalidade" a constituição de uma comissão de inquérito.