O ex-porta-voz da Polícia Judiciária Militar (PJM) que afirmou que o ministro Azeredo Lopes sabia do encobrimento do roubo de armas, major Vasco Brazão, pediu para ser novamente ouvido, avança a Lusa.
O pedido foi feito ao juiz de instrução criminal de Lisboa, anunciou Ricardo Sá Fernando, advogado do arguido, e surge na sequência das notícias que têm sido publicadas sobre o assunto.
O advogado disse à agência de notícias que o major Vasco Brazão vai entregar documentação ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
A notícia de que o ex-porta-voz da PJM tinha dito ao juiz de instrução da investigação que o ministro da Defesa tinha conhecimento da encenação para devolver o material furtado de Tancos foi avançada na passada quinta-feira pelo Expresso.
Entretanto, Azeredo Lopes negou “categoricamente” ter conhecimento “de qualquer encobrimento neste processo”.
Também o ex-chefe de gabinete do ministro da Defesa já se pronunciou sobre o caso: "Cumpre-me informar, em abono da minha honra e da verdade dos factos, que efetivamente recebi o Sr. coronel Luís Vieira [diretor da Polícia Judiciária Militar] e o Sr. Major Brazão [porta-voz da Política Judiciária Militar], no meu gabinete, em novembro de 2017", disse o tenente-general António Martins Pereira, à Agência Lusa, negando que lhe tivesse sido comunicada “qualquer irregularidade ou indicação de encobrimento de eventuais culpados do furto de Tancos”.