O major Vasco Brazão, antigo porta-voz da Polícia Judiciária Militar e arguido no processo de Tancos, é fiador de uma casa pertencente às Forças Armadas que foi arrendada ao seu filho que posteriormente a colocou no Airbnb, para ser subarrendada ilegalmente a turistas.
O Ministério da Defesa confirmou que o apartamento em causa foi arrendado a 1 de janeiro ao filho do ex-porta-voz da PJ Militar, que deu o pai como fiador.
O Instituto de Ação Social das Forças Armadas já visitou o apartamento em causa e confirmou que este estava a ser usado indevidamente para alojamento local.
A casa fica num terceiro andar na rua da Aliança Operária, no bairro da Ajuda. O arrendatário tem o mesmo nome do pai – Vasco Brazão – é civil e arrendou o apartamento “para habitação própria”, mas sabe-se agora que não vive lá. Aliás, seria o major quem trataria de subarrendar a habitação do filho a estrangeiros.
"O Instituto de Ação Social das Forças Armadas recebeu uma denúncia de que um fogo habitacional arrendado ao Senhor Vasco de Almeida Esteves Cavaleiro Brazão [filho do major Vasco Cavaleiro Cunha Brazão], para habitação própria, na Ajuda, estava a ser utilizado para alojamento local, com violação da finalidade constante do respetivo contrato", lê-se na nota do Ministério da Defesa, citada pela TSF.
Confrontado com a situação, o arrendatário "mostrou-se surpreendido e remeteu explicações" para o pai, que confirmou que "não estava a par da situação".
Recorde-se que a denúncia foi apresentada por um dos inquilinos do prédio onde fica o apartamento. Após as notícias do subarrendamento, o filho do major denunciou o contrato e comprometeu-se a deixar a casa até ao fim do mês.