O coronel Luís Augusto Vieira, ex-diretor da Polícia Judiciária Militar (PJM), e o major Vasco Brazão, ex-porta voz da PJM, vão voltar a ser ouvidos pelo Ministério Público (MP), na próxima terça-feira, no âmbito do caso do encobrimento da recuperação do material roubado do paiol de Tancos.
A notícia, avançada pelo Expresso, adianta que em causa estão as versões apresentadas pelos dois militares em relação à recuperação do material e à reunião que teve lugar no Ministério da Defesa.
Há uma semana, a defesa do Major Vasco Brazão, que está prisão domiciliária, já havia pedido para este voltar a ser ouvido pelo MP, para que pudesse mostrar o memorando que afirma ter entregado ao antigo chefe de gabinete de Azeredo Lopes – documento este que explica toda a operação de encobrimento da PJM.
O coronel Luís Vieira, em prisão preventiva, desmente a versão do major Vasco Brazão, garantindo que esteve com o mesmo no Ministério da Defesa, mas que apenas foi entregue um documento em que não se relatava qualquer encobrimento, só a versão oficial da PJM.
Uma fonte, que terá sido contactada pelo Expresso, afirma ainda que o coronel Luís Vieira só soube da operação de encobrimento no final do ano.
Também a data de realização da reunião no Ministério da Defesa é um ponto diferente na versão de Luís Vieira e Vasco Brazão. O Ex-porta voz da PJM afirma que o encontro se realizou algumas semanas após o encobrimento, enquanto o ex-diretor garante que a reunião aconteceu a 19 de outubro, um dia depois do resgate do material.