Depois da passagem da tempestade tropical Leslie, a EDP Distribuição declarou Estado de Emergência para o distrito de Coimbra. Há “mais de 100 mil consumidores” que permanecem sem energia, “depois de terem chegado aos 300 mil”, e a empresa não se compromete com uma data para a reposição.
“Face aos danos da rede elétrica causados pela passagem do furacão Leslie, os quais foram confirmados durante o dia de hoje pela avaliação técnica da EDP Distribuição, declara, para o distrito de Coimbra, o Estado de Emergência, o mais grave previsto no seu plano operacional de atuação em crise, desde as 20:00 deste domingo", pode ler-se no comunicado enviado.
A EDP Distribuição pretende mobilizar “todos os meios humanos, materiais e equipamentos disponíveis na empresa, seus prestadores de serviços e fornecedores”. “Poderá também ser ponderado, em caso de necessidade, o eventual recurso a meios internacionais”, acrescenta.
A declaração do Estado de Emergência surge na sequência do balanço feito durante este domingo. "Com a circulação de viaturas possível no dia de hoje, bem como o sobrevoo de helicóptero, foi possível confirmar danos muito significativos provocados pelo furacão Leslie na rede de distribuição de energia", afirma a empresa, principalmente no distrito de Coimbra, “em particular as localidades abastecidas pelas subestações de Louriçal e Soure, onde várias linhas de alta e média tensão permanecem inoperacionais, com postes danificados”.
Quando à reposição de energia nas zonas afetadas, a EDP Distribuição “não é ainda possível estimar a data para a conclusão dos trabalhos”.
"A EDP Distribuição mantém um contingente de mais de 500 operacionais no terreno, tendo mobilizado, desde cedo, equipas noutros locais do país", afirmam acrescentando que a empresa "está, como sempre, fortemente empenhada e a desenvolver todos os esforços para a normalização do serviço de fornecimento de energia tão rapidamente quanto possível".
A tempestade Leslie que atingiu Portugal este sábado à noite provocou um morto, 28 feridos e 61 desalojados. Com ventos a atingir os 176 quilómetros por hora, o distrito de Coimbra foi o mais afetado, segundo o comandante nacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil.