Carlos Alexandre colocou em causa o sorteio de Ivo Rosa para a Operação Marquês. Em declarações à RTP, o juiz disse que “há uma aleatoriedade que pode ser maior ou menor consoante o número de processos que existem entre mais do que um juiz”.
Supostamente, o sorteio realizado através de um sistema informático garantia uma aleatoriedade na escolha dos juízes – Carlos Alexandre ou Ivo Rosa – para a fase de instrução criminal da Operação Marquês, mas o juiz acredita que tal possa não ter acontecido.
Questionado sobre se fossem distribuídos processos consecutivos a um determinado juiz a aleatoriedade do sistema fica posta em causa. O juiz foi claro e respondeu que “sim”. “Pode alterar-se significativamente e as probabilidades podem inverter-se”, afirma o juiz.
Recorde-se que o sorteio eletrónico do juiz para a fase de instrução – fase facultativa em que se decidirá se os acusados vão ou não ser julgados – ocorreu no dia 28 de setembro, e escolheu Ivo Rosa para ser o juiz de instrução da Operação Marquês – processo que tem como principal arguido o ex-primeiro-ministro José Sócrates.
O caso foi sorteado entre os dois magistrados que fazem parte deste tribunal: Ivo Rosa e Carlos Alexandre, o juiz que teve este processo em mãos desde o início e que vários arguidos tentaram afastar.