Vieira da Silva, ministro do Trabalho e da Segurança Social admitiu esta quinta-feira, numa entrevista à SIC Notícias, que vai ser criado um período de transição para as reformas antecipadas nas longas carreiras contributivas.
O fim das penalizações para as pessoas que têm 60 anos e 40 anos de contribuições tem gerado alguma polémica. "Haverá um processo de transição em que os direitos dessas pessoas [que não preenchem estes requisitos], de acesso à reforma antecipada, se manterão, durante o tempo necessário", afirmou o ministro.
No entanto, Vieira da Silva não avançou mais detalhes sobre os parâmetros em que se vai desenvolver o processo transitório.
A principal questão é que no documento do Orçamento do Estado para 2019 entregue esta segunda-feira, só as pessoas com 60 anos de idade e 40 anos de contribuições, ou seja que começaram a descontar com 20 anos, podem reformar-se antecipadamente. No entanto os contribuintes que começaram a trabalhar aos 21 vão ter de esperar pela reforma que no próximo ano passa para os 66 anos e cinco meses.
"Não acredito em transições abruptas. Sempre que tenho trabalhado em mudanças no Ministério da Segurança Social, tento que haja um processo de transição que não vá contra as expectativas das pessoas. E assim acontecerá desta vez, as pessoas não verão goradas as suas expectativas", afirmou Vieira da Silva.