A candidata à liderança da Juventude Socialista Maria Begonha fazia referência a um mestrado em Ciência Política que não acabou e a uma presidência da Associação de Estudantes da sua faculdade que afinal não existiu.
A notícia, avançada terça-feira pelo Público, já motivou uma alteração do seu currículo na página da candidatura de Maria Begonha à liderança da JS. Até o ano de nascimento da candidata estava incorreto.
Os erros, a que a candidatura chama de “gralhas”, foram corrigidos dando conta de que a candidata apenas frequentou o mestrado, não o tendo concluído, e que foi foi presidente da Mesa da associação, e não líder daquela organização, como sustentava a referência inicial. A data de nascimento foi também modificada. Na página oficial da candidatura pode ler-se ainda a nota "atualizado em 23/10/2018 para correção de gralhas".
Confrontado com os erros no percurso académico de Maria Begonha, o seu diretor da campanha à liderança da JS, Tiago Estêvão Martins, justificou, citado pelo Diário de Notícias, que "todas as informações que a Maria [Begonha] prestou para a biografia estavam corretas", mas o que acabou publicado "corresponde a uma versão não validada" dos dados.
Ao contrário da pagina da candidatura, o perfil do LinkedIn da candidata continua a fazer referência ao mestrado em Ciência Política, ao que Tiago Estêvão Martins explica que essa questão já "está fora do escopo da campanha".
Por outro lado, o diretor de campanha aproveita para dizer que a referência ao mestrado não permite outra conclusão que não seja a da mera frequência. "Parece-me que é uma interpretação abusiva considerar que a Maria está a afirmar que é mestre, na medida em que o mestrado é de dois anos e a Maria diz que o frequentou durante um ano", afirmou ao Diário de Notícias.
A própria candidata Maria Begonha veio esclarecer a situação através do Facebook, escrevendo que a informação inicialmente divulgada correspondia a uma versão não validada, que tinha sido publicada por “lapso”.
Recorde-se que o novo líder da Juventude Socialista, que sucederá a Ivan Gonçalves, será escolhido em Congresso Nacional, entre os dias 14 e 16 de dezembro.