A versão que Rosa Grilo apresentou no primeiro interrogatório judicial, em resposta às acusações de ter sido ela em cumplicidade com o amante a matar o marido, não bate certo com as provas recolhidas pela polícia.
A viúva de Luís Grilo contou que foi levado pelos alegados raptores, “dois angolanos e um branco”, na segunda-feira dia 16 de julho até Benavila, em Avis, onde estariam os diamantes, que diz estarem na origem do homicídio do marido.
Mas o telemóvel, que Rosa Grilo garantiu ter tido sempre consigo, nunca ‘acusou’ outras localizações celulares além de Alverca e de Cachoeiras, em Vila Franca, escreve o Correio da Manhã.
Outra das incompatibilidades entre a versão da viúva do triatleta e as provas, prende-se com a hora do crime. Rosa Grilo afirmou que o rapto ocorreu antes da hora de almoço, mas por essa altura foi vista a fazer comprar num supermercado e a levantar dinheiro numa caixa automática.
Confrontada com a contradição, Rosa Grilo alega que os raptores a deixaram sair do carro para ir ao supermercado, quando estava de pijama, mas não explica porque não pediu ajuda, sendo que naquele estabelecimento comercial está sempre presente um elemento da PSP.
Outra prova que não encaixa na versão da arguida é o facto de esta ter respondido por sms, enquanto estaria alegadamente a ser sequestrada, a um funcionário da empresa que era do marido.
O depoimento de Rosa Grilo soma assim fragilidades, e o próprio filho também desmentiu a mãe, que tinha dito que o rapaz não tinha visto os atacantes, no dia em que o pai desapareceu, porque nunca saiu da divisão da sala.
Mas o menor contou que andou pela casa e que nunca viu ninguém estranho, aliás disse que foi a mãe a contar-lhe que o pai tinha saído de bicicleta.
{relacionados}