O líder do SOS Racismo, Mamadou Ba, publicou no Facebook uma fotografia que mostra uma reunião entre dirigentes do Sindicato de Profissionais de Polícia (SPP) e José Pinto Coelho, presidente do Partido Nacional Renovador. O segundo maior sindicato da Polícia de Segurança Pública (PSP) já reagiu, dizendo que “não se revê” nas ideia defendidas pelo PNR.
“Uma organização sindical de polícias que flirta com um partido ostensivamente fascista e racista está a colocar-se fora da lei, violando inclusive a constituição da república e, pior ainda, está assim a outorgar legitimidade democrática a uma ideologia fascista e racista. Isso sim, deve preocupar quem está cioso da reputação das forças de segurança, em vez de se irritar com a denuncia da existência do racismo no seu seio. Pois, sabemos que uma proximidade entre organizações representativas das forças segurança, com organizações claramente fascistas, como é o caso do sinistro PNR, pode seguramente desembocar numa porosidade política inaceitável do ponto de vista democrático”, escreveu Mamadou Ba na sua página no Facebook.
Mário Andrade, presidente do SPP, explicou ao Diário de Notícias (DN) que a reunião “ocorreu em 2009, a pedido do PNR, num contexto eleitoral, para saber sobre a situação e condições de trabalho dos polícias". "Não nos revemos de forma alguma nas ideias defendidas pelo PNR", garantiu.
O presidente do sindicato lembra que, por determinação da direção, o SPP "não compareceu na manifestação de apoio aos agentes de Alfragide, promovida pelo PNR".