A tempestade Leslie – que passou por Portugal há duas semanas – provocou cerca de 58 milhões de euros em estragos na região Centro do país. De acordo com o balanço provisório feito pelo Ministério do Planeamento e Infraestruturas, avançado pelo jornal “Público”, a tempestade deixou um rasto de destruição de 57,9 milhões de euros em 27 municípios de quatro distritos do país – Aveiro, Coimbra, Leiria e Viseu –, com especial foco na Figueira da Foz onde os prejuízos rondam os 31 milhões de euros.
Segundo a tutela, os maiores estragos registaram-se nas empresas: onde os prejuízos chegam aos 29 milhões de euros. Contudo, o executivo refere que a maior parte das empresas afetadas se tratam de “unidades de média e grande dimensão, detentoras de seguro para danos”, não indicando qual a percentagem de empresas abrangidas pelo seguro.
De acordo com as contas do governo, as casas de primeira habitação também foram bastante afetadas pela tempestade, que provocou danos no valor de 11 milhões de euros. O documento faz ainda referência aos equipamentos associativos que sofreram 7,3 milhões de euros em danos e para o património municipal que teve um prejuízo de 6,8 milhões de euros.
A tempestade, que destruiu várias escolas, levando ao seu encerramento temporário, também afetou equipamentos de saúde. Segundo os dados, estima-se que os danos na educação cheguem aos 1,2 milhões de euros. Já na saúde calcula-se que os prejuízos sejam de 2,4 milhões de euros.
O apuramento dos estragos foi feito pelo ministério até dia 26 de outubro.
A tempestade Leslie deixou 61 pessoas desalojadas e provocou 27 feridos. Nesse sentido, o executivo decidiu aprovar algumas medidas excecionais para ajudar na recuperação: um decreto-lei que prevê a contratação pública por ajustes diretos ligados à Leslie e a aprovação de uma resolução que prevê a abertura de linhas de crédito para ajudar quem ficou sem casa e na recuperação de plantações agrícolas.