Meia surpresa em Paris: Karen Khachanov foi melhor que Novak Djokovic e venceu o Masters 1000, o primeiro da sua carreira. A partida foi resolvida em dois sets (7-5 e 6-4) e ficou bem patente o desgaste no tenista sérvio, que na véspera havia protagonizado uma batalha titânica com Roger Federer – o duelo das meias-finais durou mais de três horas e terminou com triunfo do novo número 1 mundial por 7-6 (8-6), 5-7 e 7-3.
The new master!
The moment @karenkhachanov stunned Novak Djokovic in Paris for his first career Masters 1000 title. #RolexParisMasters pic.twitter.com/kkVYaIhNPF
— Tennis TV (@TennisTV) 4 de novembro de 2018
Khachanov, que entrou para este torneio como número 18 do ranking mundial, tornou-se o quarto estreante a vencer a competição nos últimos nove anos, depois de Robin Soderling em 2010, David Ferrer em 2012 e Jack Sock em 2017. O russo de 22 anos já sabe que, a partir de hoje, passará a ocupar o 11.º posto na hieraquia ATP, após conseguir a maior conquista da carreira.
“Isto significa o mundo para mim. Não podia ficar mais feliz com este final de temporada, venci um Masters 1000 contra o número um”, salientou Khachanov logo após o fim do encontro, reservando rasgados elogios para Djokovic: “Tu és uma inspiração, foi muito bom partilhar o court contigo. Vou tentar alcançar os teus feitos.”
Cansaço pesou muito O tenista russo, refira-se, varreu quatro top-10 em Paris: antes de Djokovic, já tinha batido John Isner (nono) nos oitavos de final, Alexander Zverev (quinto) nos quartos e Dominic Thiem (oitavo) nas meias. Mas conseguiu também outro enorme feito: pôs fim a uma incrível sequência de 22 vitórias consecutivas do sérvio, impedindo-o ainda de vencer o 33.º Masters 1000 da carreira (quinto em Paris) e igualar Rafael Nadal nesse particular.
Na primeira reação após a derrota, Djokovic assumiu não ter estado nos seus melhores dias, atribuindo ainda assim todo o mérito a Khachanov. “Agradeço ao público por esta semana, mas infelizmente hoje não estive muito bem. Todo o crédito para o Karen, que mereceu o troféu. Demonstrou grandes qualidades hoje”, disse o sérvio de 31 anos durante a cerimónia de entrega de prémios, assumindo também não ter recuperado o suficiente após o encontro da véspera – mas preferindo não se alongar muito sobre o assunto. O desaire, é preciso salientar, não terá quaisquer implicações no ranking de Djokovic, que passa a ser formalmente o número 1 mundial a partir de hoje, destronando Nadal.
Está assim concluída a época Masters 1000, com dois nomes a repetir triunfos: Nadal venceu em Monte Carlo, Roma e Toronto, enquanto Djokovic triunfou em Cincinnati e Xangai. O primeiro vencedor da temporada foi Juan Martín del Potro, que triunfou em Indian Wells, seguindo-se John Isner em Miami. Alexander Zverev viria depois a conquistar o Masters 1000 de Madrid, com Khachanov a fechar agora a época com o saboroso triunfo em Paris.