Marcelo Rebelo de Sousa assegurou esta segunda-feira que nunca recebeu o diretor da Polícia Judiciária ou qualquer elemento da PJM e que nenhum membro da Casa Civil ou da Casa Militar falou ou escreveu ao Presidente da República sobre a operação da descoberta das armas de Tancos.
A nota publicada na Presidência da República surge como resposta à investigação do programa “Sexta às 9”, da RTP, que avançou que a presidência da República havia sido informada da investigação da PJM ao furto de Tancos.
“Nenhum membro da Casa Civil ou da Casa Militar falou ou escreveu ao Presidente da República sobre a operação da descoberta das armas de Tancos, antes de ela ter ocorrido. Nem tão pouco falou ou escreveu sobre a operação, depois de vinda a público, nomeadamente como sendo ou podendo vir a ser ilegal ou criminosa, incluindo quaisquer memorandos ou referências a reuniões com eles relacionados", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, na nota.
A nota assegura ainda que o Presidente da República "nunca recebeu o Diretor da Polícia Judiciária Militar ou qualquer elemento dessa instituição.
"O Diretor encontrava-se na visita a Tancos a 4 de julho de 2017, visita essa durante a qual o Presidente percorreu, com as entidades presentes, circunstanciadamente, a área em causa e teve uma reunião com todos os responsáveis. Não teve qualquer reunião bilateral com nenhum deles", esclareceu o chefe de Estado”, lê-se.
O chefe de Estado indica ainda que "não existe registo de qualquer estafeta da Presidência da República a entregar ou receber documentação da ou na Polícia Judiciária Militar”.
De acordo com a investigação da RTP, o diretor da PJM entrou em contacto com o ex-chefe da Casa Militar da Presidência, general João Cordeiro, tanto antes como depois da recuperação das armas furtadas em Tancos.