A Altice esclareceu que vai repor os serviços e que “cada situação será analisada individualmente, para que nenhum cliente seja ainda mais penalizado”
Praticamente passado um mês desde que a tempestade Leslie atingiu Portugal, milhares de clientes da MEO continuam sem os serviços repostos, nomeadamente residentes das freguesias de Amieiro, Arazede e Carapinheira, em Montemor – O – Velho. A Altice já prometeu repor os serviços por completo, até ao final deste mês.
De acordo com o Expresso, milhares de residentes destas zonas estão sem internet, televisão, telefone e rede móvel desde o dia 13 de outubro, tendo a Altice recebido já centenas de queixas.
No entanto, os clientes de outras operadoras com rede cabo já têm comunicações, segundo indica o empresário de seguros, Fernando Matos, à mesma publicação. “É um constrangimento enorme, pois para trabalhar preciso de aceder à internet para poder fazer contratos e resolver serviços”, afirmou o trabalhador por conta própria. Fernando Santos diz ainda que este distúrbio nas comunicações lhe causou “severos prejuízos”, e garantiu que já contactou por várias vezes a Altice, através do serviço de apoio ao cliente, tendo apenas conseguido passar a um responsável superior uma vez. “Primeiro atendiam o telefonema e diziam que a situação estava a ser resolvida, depois houve alturas que não atendiam e, por fim, apresentei uma queixa formal contra a MEO”, explicou.
Fernando Matos disse ainda que só ontem, quinta-feira, um técnico da empresa de telecomunicações foi a Amieiro – onde reside -, mas o mesmo terá informado que o restabelecimento dos serviços não seria possível ainda esta semana.
A Altice, quando contactada pelo Jornal Expresso, assegurou a “religação dos serviços dos muitos milhares de clientes, dando prioridade a clientes críticos como Centros de Saúde, Escolas ou Entidades Públicas”. “Uma das principais preocupações da Altice Portugal foi instalar e disponibilizar equipamentos redundantes (VSAT) que permitissem a comunicação por parte de instituições críticas, mantendo-se os equipamentos disponíveis e no local para utilização das mesmas”, esclareceu a entidade.
Além disto, também o Gabinete de Comunicação da operadora afirma que a reposição foi adiada devido a situações alheias, como por exemplo “atos de vandalismo ou dificuldades de contacto com alguns clientes afetados”.
Ao Expresso, a empresa deixou claro que “cada situação será analisada individualmente, para que nenhum cliente seja ainda mais penalizado”.