Após a administração de Donald Trump ter suspendido a acreditação do jornalista da CNN Jim Acosta para ter acesso à Casa Branca, a estação de televisão vai avançar com um processo judicial contra o Presidente dos Estados Unidos, e contra mais cinco pessoas envolvidas no sucedido.
Para a CNN, a situação de Jim Acosta trata-se de uma violação dos direitos consagrados na constituição dos EUA, e esta exige que a acreditação seja "imediatamente restaurada". "A revogação errada desta credencial viola os direitos de liberdade de imprensa da CNN e do Jim Acosta, previstos na Primeira Emenda [da Constituição americana]. Pedimos ao tribunal uma ordem a pedir que o passe seja devolvido ao Jim. Apesar de o processo ser específico à CNN e a Acosta, isto podia ter acontecido a qualquer um. Se não forem desafiadas, as ações desta Casa Branca podem criar um efeito perigoso em qualquer jornalista que cubra autoridades eleitas", pode ler-se no texto partilhado pela CNN.
This morning, CNN filed a lawsuit against @realDonaldTrump and top aides. The White House has violated CNN and @Acosta's First Amendment rights of freedom of the press and Fifth Amendment rights to due process. Complaint: https://t.co/43oX6L8xA7 pic.twitter.com/RvJ0Cgh6oi
— CNN Communications (@CNNPR) November 13, 2018
No total, serão processados o Presidente dos Estados Unidos, a secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders,o chefe de gabinete, John Kelly, a porta-voz da Casa Branca, o diretor dos Serviços Secretos e o agente secreto que retirou o passe.
Recorde-se que na passada quarta-feira, numa conferência de imprensa na Casa Branca, Donald Trump e Jim Acosta envolveram-se numa troca de argumentos, na qual a secretária de imprensa se envolveu e tentou retirar o microfone ao jornalista, tendo mais tarde feito uma montagem do vídeo em que Jim Acosta chegou a ser acusado de ter sido agressivo.
Na quinta-feira, a Casa Branca suspendeu a acreditação de Jim Acosta.