Tomás Correia: “Durante a minha passagem pelo banco sempre se respeitou os critérios do supervisor”

Excerto da entrevista a Tomás Correia, candidato da Lista A às eleições da Associação Mutualista Montepio. Pode ler a entrevista completa na edição de fim de semana do i, amanhã nas bancas

Tem dito por tudo aquilo que o Montepio passou, mesmo assim não precisou de ajudas do Estado…

Qual foi a instituição em Portugal que não precisou de ajudas do Estado? O Montepio e o Crédito Agrícola. Mas agora já se fala que o Crédito Agrícola tem quase dois mil milhões de dívida italiana, espero bem que não se passe com o Crédito Agrícola o mesmo quadro de maledicência que passou com o Montepio. Desejo que respeitem o Crédito Agrícola como sempre desejei que respeitassem o Montepio. É uma grande instituição, é essencial ao país e, portanto, é bom que não se brinque com a instituição, como teria sido bom também que não se tivesse uma atitude de falta de respeito com o Montepio e aquilo que foi o seu desempenho.

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Mas a associação tem estado envolvida em várias polémicas…

Durante a minha passagem pela Caixa Económica nunca se deixou de respeitar os processos impostos pelo supervisor. Quando cheguei ao Montepio, não havia sequer direção de risco nem áreas de controlo interno. Foi feito um trabalho ao longo do tempo no sentido de criar uma infraestrutura que permitisse um funcionamento rigoroso e alinhado com as normas emanadas pelas autoridades reguladoras e que fosse ao encontro das nossas normas internas de procedimentos. Não tenho dúvidas que foram cumpridas todas as exigências de controlo interno, branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo, etc. Foram desenvolvidos processos, muitos deles apresentados por mim ao Banco de Portugal. Quanto às concessões de crédito não tenho dúvida que todas as normas foram respeitadas de forma escrupulosa, rigorosa e temos muito orgulho nisso.

São argumentos que estão a ser usados pelos seus opositores…

Como não têm outros argumentos usam isso. Estou completamente tranquilo.