Bruna Gonçalves, de 22 anos, vai ser julgada por violência doméstica agravada e homicídio qualificado, depois de, em outubro do ano passado, ter matado o namorado, Luís Rodrigues, de 21 anos, por não aceitar o fim da relação de quase três anos.
De acordo com a acusação do Ministério Público de Guimarães, citada pelo Correio da Manhã, Bruna agiu “motivada por ciúmes” face "à eventual rutura do relacionamento".
A acusação refere que, em outubro do ano passado, Bruna Gonçalves tentou “provocar medo” a Luís através de telefonemas e mensagens “persistentes”. Na madrugada do crime, Bruna pegou “mais uma vez” no telemóvel do namorado para “ver o Facebook”. Ao encontrar uma mensagem de parabéns dirigida a uma ex-namorada, discutiu com o namorado e saiu da casa que partilhavam em Pardelhas, Fafe. Luís manteve-se determinado quanto à decisão de terminar o relacionamento, trancou a porta e voltou a deitar-se.
A jovem esperou que o namorado se preparasse para sair para o trabalho. Pelas 04h15 entrou na casa, pegou numa faca de cozinha e esperou-o à porta. Acabou por deferir um golpe profundo sobre o pescoço do jovem uma única vez, escreve o CM.
Após o crime, voltou a entrar na casa e deambulou com a faca na mão mais de 20 minutos. Por volta das 04h40 ligou para o 112 a dizer que o namorado se havia cortado no peito. Lavou a faca e voltou a colocá-la com os restantes talheres.
Segundo a acusação do MP, a relação entre Bruna Gonçalves e Luís Rodrigues foi marcada por várias separações. A jovem exerceu durante vários meses violência física e psicológica sobre o namorado.
Apesar de estar formalmente acusada de um crime cuja pena pode ir dos 12 aos 25 anos, Bruna vai continuar em liberdade, sujeita à medida de coação mínima. Segundo o CM, o MP não pediu alteração da medida.