A Procuradoria-Geral da República anunciou a abertura de um inquérito disciplinar a Cândida Vilar, procuradora titular do processo da invasão à academia do Sporting, e um inquérito crime à divulgação de áudios dos interrogatórios a arguidos.
O inquérito deve-se ao tom que a magistrada Cândida Vilar terá usado nos interrogatórios aos arguidos do processo das agressões aos jogadores e funcionários do Sporting na academia do clube, em Alcochete, cujos áudios vieram a público.
"Foi determinada a abertura de um inquérito para averiguação de eventual responsabilidade disciplinar da magistrada. Este inquérito encontra-se previsto no art.º 211.º do Estatuto do Ministério Público e tem por finalidade a averiguação de factos determinados. Na sequência do resultado deste inquérito, será decidida a instauração ou não de processo disciplinar", refere a PGR.
Os áudios de interrogatórios a arguidos, divulgados esta semana pela estação televisiva CMTV, também levaram a PGR a determinar a “instauração de inquérito criminal".
Recorde-se que a procuradora Cândida Vilar deduziu, este mês, a acusação contra 44 arguidos, entre eles Bruno de Carvalho e Mustafá, por envolvimento no ataque à academia do Sporting em Alcochete.
Do total dos 44 arguidos, 38 viram a prisão preventiva ser-lhes renovada por decisão do juiz do tribunal do Barreiro.