Na terça-feira foram derramados, pelo menos, oito mil barris de petróleo na Amazónia peruana (do lado do Perú), após o ataque perpetrado contra um oleoduto na terça-feira, informou esta quinta-feira o presidente da empresa estatal petrolífera Petroperú, James Atkins.
O responsável avançou à agência oficial de notícias Andina que "o dano ecológico é tremendo e irreparável", uma vez que o petróleo atingiu o rio Mayuriaga e deverá por chegar ao rio Amazonas.
O derrame aconteceu a cerca de 500 metros da comunidade Mayuriaga, situada na região amazónica de Loreto, e teve mão de pessoas que estavam insatisfeitas com os resultados das eleições municipais.
Também há cerca de duas semanas os autores do ataque sequestraram 20 trabalhadores numa estação petrolífera na mesma zona. Depois de saírem das instalações, deixaram uma mensagem escrita, onde ameaçavam que iam danificar o oleoduto, caso o resultado das eleições não fosse anulado, explicou Atkins.
O responsável índica que, depois de ter sido feita a ameaça, a Petroperú suspendeu o bombeamento através do oleoduto, mas que ainda assim as condutas e os tubos tinham alguma pressão no momento em que foram cortados.
"Creio que chegou a hora de a lei ser aplicada, porque deve ser igual para todos os peruanos. O oleoduto é considerado um ativo nacional crítico e, de acordo com a lei, qualquer pessoa que o danifique deve ter uma sentença de prisão de seis a dez anos", afirmou.
O oleoduto no qual ocorreu o ataque transporta o petróleo extraído na selva peruana até ao terminal portuário de Bayóvar, no oceano Pacífico, através de 1.106 quilómetros de tubos que cruzam a Amazónia e a cordilheira dos Andes.