A cúpula nacional do PSOE convidou ontem a líder socialista andaluza Susana Díaz a renunciar ao cargo de secretária-geral da Federação Andaluza do PSOE no caso de não conseguir formar governo na região autonómica. “O nosso papel é subordinado ao sucesso do nosso projeto político”, disse José Luís Abalos, secretário organizativo do PSOE. Uma afirmação que mereceu resposta de Díaz: “O PSOE tem de fazer uma reflexão como um todo” se quiser “fortalecer as instituições e impedir que outros as enfraqueçam”. “Se tivesse perdido, teria ido embora”, garantiu.
A histórica derrota dos socialistas também foi atribuída ao líder socialista e primeiro-ministro. Não por membros do governo ou do partido, mas pela oposição. “Pedro Sánchez também foi derrotado nas urnas”, afirmou Albert Rivera, líder do Ciudadanos, a que se junta a voz de Pablo Casado, líder do Partido Popular, a dizer que o país pode “começar a pensar em eleições” antecipadas.
Sánchez limitou-se a reagir aos resultados eleitorais pelo Twitter: “O meu governo continuará a impulsionar um projeto regenerador e europeísta para Espanha. Os resultados na Andaluzia reforçam o nosso compromisso em defender a Constituição e a democracia contra o medo”.
Todavia, é um sinal de que o apoio aos socialistas poderá estar a diminuir no país, explica o “El País”. O PSOE esperava que as políticas sociais do seu governo – o chamado efeito Moncloa – se refletissem numa subida entre 2 a 3% nas urnas, mas isso não aconteceu, bem pelo contrário. E no próximo ano, os espanhóis irão às urnas para escolherem os seus representantes nas eleições europeias, municipais e autonómicas.