O relatório do Conselho da Europa ‘Prisões na Europa 2005-2015’, que foi divulgado esta terça-feira, indicou que Portugal entre essa década apresentou elevadas taxas de presos.
Segundo o relatório, em 2005 o número de reclusos estava a diminuir, à exceção de Portugal, Espanha, País de Gales, Inglaterra e Escócia.
Dez anos depois, o panorama manteve-se igual: a população de presos em Portugal cresceu 12%. Os números indicam ainda que a média de idades dos reclusos no nosso país subiu 4%, bem como a sobrelotação (11%), o ratio de presos por guardas prisionais (11%) e as penas mais longas ou número de dias de reclusão (13%). Já a taxa de libertação baixou 2%.
A Albânia, Geórgia, Lituânia, Montenegro, Turquia e a antiga República jugoslava da Macedónia, foram os países que entre 2005 e 2015 aumentaram mais o número de presos. À Estónia e Letónia – países com número mais baixo de reclusos – juntaram-se a Alemanha e a Holanda – que viram a taxa de população reclusa baixar entre 2005 e 2015.
O relatório foi elaborado pela Universidade de Lausana, na Bélgica e contou com o apoio financeiro da União Europeia e do Conselho da Europa, tendo englobado 47 países europeus.