Depois de mais de 60 sessões, o ex-procurador do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) Orlando Figueira, o advogado Paulo Amaral Branco, e o empresário Armindo Pires vão conhecer, esta sexta-feira, o acórdão do processo Operação Fizz.
Os três arguidos são acusados de corrupção, branqueamento de capitais e falsificação de documentos, em coautoria. O processo envolvia também o ex-vice-presidente Manuel Vicente, cuja acusação acabou por ser transferida para a justiça angolana, criando, como lhe chamou João Lourenço, presidente de Angola, um “irritante” entre os dois países.
Os alegados pagamentos de Manuel Vicente – de cerca de 760 mil euros – e a oferta de emprego a Orlando Figueira para o cargo de assessor jurídico do Banco Privado Atlântico (BPA), em Angola, em troca do arquivamento de inquéritos que visavam o antigo presidente da Sonangol estão na base do processo judicial.
Orlando Figueira garantiu que o seu contrato de trabalho, que nunca chegou a ser cumprido, foi apresentado por Carlos Silva, presidente do BPA, o que foi desmentido pelo ex-procurador do Ministério Público.