A Concertação Social reúne-se novamente, esta sexta-feira, para discutir o aumento do salário mínimo nacional em 2019. O governo avança com uma proposta para que o rendimento mínimo suba para os 600 euros, enquanto os sindicatos pedem um aumento mais significativo – 615 euros segundo a UGT, 650 euros segundo a CGTP. Os patrões dizem não ser possível ir além dos 600 euros.
Apesar da proposta inicial do governo representar uma subida dos atuais 580 euros para os 600 euros, Vieira da Silva, ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, não fecha a porta a uma subida mais elevada. “Se criarmos condições para que haja um entendimento alargado de que será vantajoso um outro valor [acima de 600 euros], não será o Governo que se irá opor", disse no final da primeira reunião, a 13 de novembro
Para o ministro o aumento para 600 euros a partir de 2019 é um “ponto de partida” para as negociações, admitindo ser uma tarefa difícil encontrar um entendimento entre os parceiros sociais.
Um aumento maior, segundo o presidente da CIP, António Saraiva, teria de implicar um alívio na carga fiscal das empresas, inserido no Orçamento do Estado, afirma António Saraiva, presidente do CIP. "Aquilo que estamos disponíveis é para aceitar a proposta do Governo de 600 euros", reforça.
Uma opinião partilhada por João Vieira Lopes, presidente do CCP, que reforça que as empresas estão “preparadas” para a subida para os 600 euros e que “agora, com esta carga fiscal”, não há condições para que o aumento do salário mínimo seja maior.