“É só um jogo, mas quem ganhar a Libertadores gozará o outro por 100 anos”. A frase é do presidente da FIFA, Gianni Infantino, e serve bem para ilustrar a rivalidade entre o Boca Juniors e o River Plate. Uma rivalidade que esteve, aliás, no centro de toda a polémica durante as últimas duas semanas e que obrigou a CONMEBOL a mudar a 2.ª mão da final da Libertadores da América do Sul para… a Europa, pela primeira vez na história.
Foi este domingo, em Madrid, no Santiago Bernabéu, que o jogo derradeiro desta Champions sul-americana finalmente aconteceu.
Apesar da distância, milhares de adeptos dos xeneizes e dos millonarios não olharam a custos para garantirem um lugar no estádio do RealMadrid, que contou, por isso, com um ambiente bem quente nas bancadas.
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Benedetto seja, Dario O jogo começou a um ritmo frenético como já se fazia esperar. Mas apesar da intensidade a que o futebol sul-americano nos habituou, havia, na verdade, de ambas as partes, poucos sinais de perigo iminente.
Numa altura em que o empate sem golos parecia ser o resultado certo ao intervalo, eis que o Boca Juniors inaugurou o marcador. Aos 43 minutos, Benedetto tirou dois adversários da frente e com um golaço colocou o plantel xeneize em vantagem.
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Porém, no regresso dos balneários, o River Plate mostrou-se disposto a tudo para alterar o rumo do encontro.Assim, os millonarios optaram por lançar o ex-FC Porto Quintero (58’) e, desta forma, tentar dinamizar o ataque.
Dito e feito. Nem dez minutos depois, estava assinado o empate. Aos 67 minutos, e após triangulação entre Palacios e Ignacio Fernández, Pratto não falhou o alvo após receber a bola do último. A jogada do golo, refira-se, começou em…Quintero.
Depois do 2-2 no La Bombonera, o 1-1 registado no Bernabéu obrigou à disputa do prolongamento.
Quintero completa reviravolta Já tinha feito a diferença no primeiro golo, mas o colombiano acabou mesmo por ser decisivo na conquista do título. Já no prolongamento e com o emblema de Buenos Aires reduzido a 10 jogadores, após expulsão de Barrios nos instantes iniciais deste tempo extra, os millonarios fizeram de tudo para impedir que o destino desta final tivesse que passar pelas grandes penalidades. Foi aos 107 minutos que o médio voltou a fazer magia e a fazer balançar as redes da baliza à guarda de Andrada. Com a reviravolta assinada, os millonarios ainda chegaram ao 3-1, já no último suspiro, por Martínez (122’).
Com o triunfo, o River Plate, que havia conquistado a prova pela última vez em 2015, alcançou a sua quarta Libertadores e igualou o Estudiantes em número de títulos.
O Boca Juniors, com seis troféus, desperdiçou a oportunidade de igualar os sete títulos alcançados pelo Independiente, que continua, por isso, a liderar isolado a lista de campeões desta Champions sul-americana.
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