França. Macron anuncia subida de 100 euros no salário mínimo

Presidente francês reagiu aos protestos dos coletes amarelos com uma série de medidas, para que “possamos viver dignamente do trabalho”

Emmanuel Macron falou ontem aos franceses durante 13 minutos para reconhecer que existe um “mal-estar” no país, “40 anos de mal-estar” que “vem de longe, mas está aqui, agora”. Apelando à calma e à ordem, o presidente francês falou de “reivindicações legítimas” que se “misturaram” com um “encadeamento de violência inadmissível”, “comportamento inaceitável” que é preciso denunciar.

Falando em direto pela televisão aos franceses às oito da noite (menos uma hora em Portugal), Macron referiu que perante “o estado de emergência económica e social no país” é preciso medidas e falou delas: o salário mínimo nacional sobe 100 euros já em 2019 (atualmente é de 1498,17 euros), quem tem reformas abaixo dos 2000 euros vê anulada a subida da contribuição para a segurança social, as horas extraordinárias não pagarão imposto.

Além disso, Macron referiu que vai pedir às empresas que instituam um prémio anual para os seus funcionários, que também ficará livre de impostos.
Macron também disse que pretende pedir às empresas que se juntem ao esforço para recuperar o país, garantindo que irá reunir com os seus líderes e tomará decisões na semana que vem. Para “conduzir uma reforma profunda do Estado”. haverá “um debate sem precedentes deverá desenrolar-se ao nível das instituições, cada um fará a sua parte: governo, Assembleia Nacional, parceiros sociais e associativos”.

Em relação ao fim do imposto às heranças, abolido por este governo e que foi uma das razões apontadas para os protestos dos coletes amarelos em toda a França, o chefe de Estado garantiu que não recuará, porque isso prejudicará o país, já que as pessoas levarão o seu dinheiro para outro lado: “Recuar iria enfraquecer-nos”, disse.