O primeiro-ministro australiano anunciou que a Austrália reconhece a zona oeste de Jerusalém como capital de Israel. No entanto, Scott Morrison decidiu que não vai mudar a embaixada para a cidade até que seja atingido um acordo de paz com a Palestina.
“O Governo australiano decidiu que a Austrália agora reconhece o oeste de Jerusalém como a sede do Knesset e de muitas das instituições do Governo”, disse durante o discurso reforçando que isso faz da cidade “capital de Israel”.
No entanto, o primeiro-ministro mostrou-se disponível para reconhecer que a parte oriental da cidade santa seja a capital da Palestina se for atingido um acordo de paz entre os dois estados.
Sobre a embaixada australiana, Morrison garantiu que a instituição diplomática deverá manter-se em Tel Aviv até que haja o acordo.
Durante décadas existiu um consenso internacional sobre Jerusalém, uma vez que a parte oriental é ocupada por Israel e ambas as nações reivindicam a cidade Santa como capital. No entanto, a decisão dos Estados Unidos de transferir a embaixada para Jerusalém causou algum desconforto, tendo muitos países faltado à inauguração das instalações.
Entretanto a Guatemala e o Paraguai tomaram a mesma decisão, mas Mario Abdo Benítez, presidente paraguaio, decidiu voltar atrás com a decisão do presidente cessante, Horácio Cartes, por considerar que foi uma opção “absolutamente unilateral e sem consulta, sem qualquer tipo de elementos, nem argumentos fundados no Direito Internacional”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros português garantiu, na altura, que "o governo português ficará extremamente feliz no dia em que puder reconhecer Jerusalém como a capital do Estado de Israel, transferindo a sua representação diplomática em Israel de Telavive para Jerusalém, porque esse será o exato dia em que Portugal poderá reconhecer Jerusalém como capital do Estado da Palestina e transferir a sua representação diplomática na Palestina de Ramallah para Jerusalém Oriental", disse Santos Silva. Portugal foi um dos países que não participou na inauguração da embaixada norte-americana em Jerusalém.