O PCP está preocupado com a nova Lei de Bases da Saúde. Hoje, no encerramento da 9.ª Assembleia da Organização Regional do Algarve do PCP, em Faro, Jerónimo de Sousa disse que o partido acompanha "com preocupação a iniciativa do Governo minoritário do PS de apresentação de uma nova Lei de Bases para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), e não deixa de ser significativo que o presidente da República apele a um acordo alargado, sabendo o que esse conceito significa".
O líder comunista afirmou que "não será pela convergência de PS e PSD que o SNS será defendido e o direito dos portugueses a cuidados de saúde será assegurado".
Jerónimo de Sousa defendeu que os principais problemas do SNS "não só não foram resolvidos por este Governo, como abriram campo à proliferação do negócio da doença privada à custa dos recursos públicos".
Segundo o líder do PCP, "são já visíveis as pressões de sectores políticos da direita e dos grupos privados da saúde para, como a proposta do Governo PS faz, deixar a porta aberta para que os privados continuem a fazer do SNS uma fonte de financiamento fundamental para a sua actividade e para manter e reforçar a actual tendência de expansão do sector privado em detrimento dos serviços públicos de saúde".
O líder comunista recordou que o PCP apresentou um projeto da Lei de Bases da Saúde "para defender e impedir qualquer subversão", que assinala "inequivocamente, o carácter supletivo do sector privado e defende, reforça e valoriza o papel do SNS como o garante do direito universal dos portugueses à saúde".