Aproveitando a onda positiva que assola o país, após os prémios que recebemos no setor do turismo a nível mundial, devemos aproveitar, e, saborear o momento.
Não me lembro na política económica portuguesa, bem como nas grandes empresas portuguesas, o interesse, apesar deste existir em conhecer o mundo de oportunidades na região do GCC (Gulf Cooperation Council)
O GCC, que é composto pelos países mais ricos do Golfo Arábico, e, do mundo no seu cômputo geral, o Reino da Arábia Saudita, Qatar, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Omã e Bahrain.
Uma região do mundo que sempre cativou a atenção de todas as potências mundiais, não é nem nunca foi um objetivo por parte da esfera da elite portuguesa, económica e/ou política.
A razão subjacente a esse desinteresse não se conhece, porém, não temos nenhum problema do foro político ou económico-financeiro com qualquer destes países.
Todos os países nesta região geográfica têm fundos soberanos, que por sua vez, investem a nível estatal em empresas, grandes projetos de infraestruturas, países, continentes, a uma só voz., isto é, quando um dos países investe, os outros seguem o seu exemplo.
Os investimentos em Portugal contam-se pelos dedos, com investimentos irrisórios comparativamente a uma Espanha, Inglaterra, Itália, França, Alemanha, Suíça, Estados Unidos da América, Canadá ou até a Bósnia.
É importante o nosso país não se concentrar apenas no investimento do extremo oriente, apesar de ter sido importante numa das fases mais críticas da economia portuguesa, mas sim diversificar na escolha dos seus parceiros estratégicos.
Os países do GCC não conhecem muito bem o nosso país, infelizmente, somente recordam-se que fomos os maiores navegadores do passado, no entanto não podemos deixar a nossa história, nos livros, devemos utilizar a mesma, pelos nossos antepassados multiétnicos, e, dar a conhecer o nosso país, o nosso povo, a potência real de Portugal.
Os nossos maiores embaixadores são os jogadores de futebol, desde Eusébio, passando por Luís Figo e Cristiano Ronaldo.
As indústrias, os produtos nacionais têm uma qualidade inigualável em vários setores, no entanto, o nosso raio de ação cinge-se aos países lusófonos, à Europa, e pouco mais.
Temos e devemos fazer mais à imagem dos navegadores (empreendedores), para demonstrar que Portugal continua a ser a pérola da Europa, com uma história rica, que se cruzou com a história de países como Omã, Emirados Árabes Unidos, em suma com toda a península arábica.