Segundo Ricardo Fernandes, coordenador do Secretariado Norte daquela mesma estrutura sindical, “a adesão à greve foi já de 100% nos dois primeiros turnos desde que começou”.
Ambos os turnos, com cerca de duas dezenas de operacionais, asseguram, no entanto, os serviços mínimos, que são todos os trabalhos de socorro e salvamento a pessoas e animais.
Apesar do carater nacional da greve, “no caso da Companhia de Bombeiros Sapadores de Braga as injustiças ainda são mais gritantes, porque desde há 25 anos que existem aqui os sapadores e municipais, desempenhando as mesmas funções, mas ganhando estes metade dos vencimentos, cuja base é o salário mínimo nacional, o que muita gente não sabe, mas vai ficar agora a tomar conhecimento”, como afirmou ao SOL o dirigente Ricardo Fernandes.
“É uma tremenda injustiça o que se passa especialmente em Braga, mas também em todo o país, tratando a administração local como indiferenciados profissionais com uma grande capacidade, zelo e motivação, que todos os dias arriscam a vida e trabalham sempre, no Natal, no Ano Novo, na Páscoa e em outras épocas festivas”, referiu ao SOL o presidente do Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais, Sérgio Carvalho, salientando que “nós fizemos um juramento e somos pessoas de bem, mas não podemos permitir que sejamos tratados desta forma, quando querem inclusivamente reduzir os baixos vencimentos, que já são uma miséria, tendo em conta ainda as especificidades e o risco da nossa profissão”.