Miguel Macedo foi esta sexta-feira absolvido dos três crimes de prevaricação de titular de cargo político e um crime de tráfico de influência no âmbito do processo dos Vistos Gold. Depois da decisão, o antigo ministro da Administração Interna defendeu que o tribunal deu resposta às “canalhices” que lhe fizeram.
"O tribunal deu hoje resposta às canalhices que me fizeram ao longo de quatro anos", disse Miguel Macedo, depois de ouvir o juiz presidente Francisco Henriques.
Para Castanheira Neves, advogado de Miguel Macedo, a absolvição era "a consequência lógica e necessária da fraca produção de qualquer tipo de prova", considerando ainda que a acusação do Ministério Público era "infundada e desprovida de factualidade consistente".
O advogado acrescentou ainda que Miguel Macedo foi "atingido por um vendaval desencadeado pela acusação".
Também Jarmela Palos, ex-diretor do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, foi absolvido de um crime de corrupção passiva e dois de prevaricação, realçando que foi feita justiça e que continua a acreditar no sistema judicial português.
Recorde-se que, no total, foram acusados 21 arguidos no âmbito do processo Vistos Gold, sendo que, esta sexta-feira, o tribunal decididiu absolver 16 dos arguidos.
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