Palavras fortes de um nome sonante do futebol europeu nas últimas duas décadas. Samuel Eto'o, avançado camaronês que chegou à Europa via Real Madrid e tocou o céu ao serviço do Barcelona e do Inter de Milão (aqui sob o comando de José Mourinho), considera que os treinadores negros, nomeadamente os africanos, são discriminados no futebol europeu.
"Não existe confiança nos treinadores negros. São vistos como seres de segunda classe", acusou, em declarações ao Canal +, o jogador de 37 anos, que esta época pôs fim a um percurso de 22 anos na Europa e aceitou o convite do Qatar SC, onde soma 12 jogos e seis golos.
Prestes a colocar um ponto final numa brilhante carreira, que inclui quatro Ligas dos Campeões, três ligas espanholas, uma liga italiana e duas Taças das Nações Africanas, entre vários outros troféus, Eto'o deixou a garantia de querer afirmar-se como treinador e combater o estigma que acredita existir. "Ganhei na Europa como jogador. Tenho de ganhar na Europa como treinador", frisou.