Cyntoia Denise Brown tinha 16 anos quando matou o homem, de 43 anos, que abusou sexualmente dela. Foi julgada enquanto adulta, tendo sido condenada a prisão perpétua, apesar de ter alegado legítima defesa.
Hoje com 30 anos e depois de cumprir 15 anos da pena, Cyntoia Brown recebeu clemência concedida pelo governador do Tennessee.
Através de um comunicado, divulgado nesta segunda-feira, o gabinete do governador do Tennessee anunciou a sua decisão, sublinhando que a prisioneira lutou sempre por uma vida melhor, mesmo estando atrás das grades.
Inúmeros funcionários e voluntários atestam a sua extraordinária transformação pessoal, que lhe permitirá ser uma influência positiva na comunidade”, sublinhou, ainda, o governador.
A norte-americana será libertada no próximo dia 7 de agosto, após ter concluído o secundário e uma licenciatura em jornalismo na prisão.
Cyntoia Brown tornou-se conhecida do público após algumas celebridades, como Kim Kardashian, Rihanna, Amy Schumer e Ashley Judd, partilharem a sua história, apelando à sua libertação.
A jovem tinha 16 anos quando Johnny Allen, um agente imobiliário de 43 anos, a encontrou na rua a prostituir-se e a levou para casa, onde fez questão de lhe mostrar a sua coleção de armas, dizendo que tinha sido atirador no Exército.
Brown matou Allen quando estavam ambos na cama, na altura a menor contou que quando o homem se virou para o lado, ela entrou em pânico pensando que este ia agarrar numa arma e disparou primeiro, atingindo-o a tiro na cabeça.
Em tribunal, a jovem alegou legítima defesa, mas os procuradores do caso acusaram-na de ter matado Allen para o roubar, justificando que Brown fugiu da casa com a carteira, as armas e o carro do homem.