O jornalista das calças de golfe Tintim viveu a sua primeira aventura há 90 anos, pela mão de George Remi, mais conhecido pelo seu pseudónimo Hergé.
O repórter belga acompanhado pelo seu fiel Fox Terrier e pelo mal-humorado capitão Haddock marcaram a infância de milhões de pessoas por todo o mundo, mesmo depois da morte do seu criador em 1983, aos 76 anos, deixando incompleta a história “Tintin e Alpha-Art”.
Na sua primeira aventura, Tintim viajou até ao país dos sovietes, a 10 de janeiro de 1929, onde Hergé fazia uma espécie de ridicularização do regime comunista, com Tintim envolvido em várias cenas de pancadaria, fórmula que o autor viria a repetir nos livros que se seguiram.
O sucesso da personagem é incontestável e as suas aventuras encontram-se traduzidas em 77 línguas, tendo sido vendidos mais de 230 milhões de livros em todo o mundo. Tintim não ficou só pela Banda Desenhada, tendo conhecido também o formato de televisão com uma série animada e o cinema pelas mãos de Steven Spielberg e de Peter Jackson.
Em Portugal, Tintim surgiu pela primeira vez em 1936, na publicação O Papagaio.
Já quatro anos antes, em 1932, Hergé tinha criado uma personagem portuguesa para a banda desenhada. O Oliveira da Figueira, que apareceu pela primeira vez nos ‘charutos do Faraó, é um comerciante português de Lisboa capaz de vender tudo e mais alguma coisa, houvesse na época aquecedores e ele conseguiria vendê-los em pleno deserto. Graças à sua ‘lábia', Oliveira da Figueira salva Tintim e o Capitão Haddock de várias situações complicadas.