Em resposta ao reconhecimento do recém-eleito presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Juan Guaidó, pelo Brasil, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acusou o seu homólogo brasileiro, Jair Bolsonaro, de ser um "Hitler da era moderna".
"Lá temos o Brasil nas mãos de um fascista – Bolsonaro é um Hitler da era moderna", acusou Maduro num discurso aos venezuelanos. "Vamos deixar o tema Bolsonaro para o lindo povo do Brasil, que lutará e se engarregará dele", acrescentou.
Brasília não reagiu ainda às críticas do chefe de Estado venezuelano.
Há mais de três anos que a Assembleia Nacional e a presidência venezuelana estão num braço-de-ferro, com a primeira a a acusar Maduro de ser, neste segundo mandato presidencial, um chefe de Estado "ilegítimo" por as eleições presidenciais de 20 de maio do ano passado terem sido "fraudulentas".
Da parte da presidência, a Assembleia Nacional é acusada de ser um peão às mãos de potências estrangeiras, nomeadamente dos Estados Unidos, e, na prática, deixou de existir legislativamente desde que o Supremo Tribunal de Justiça a suspendeu de funções, permitindo a constituição de uma Assembleia Nacional Constituinte para se redigir uma nova constituição.