O Exército de Libertação Nacional (ELN) reinvindicou, esta segunda-feira, o atentado com um carro-bomba contra uma academia de cadetes da Polícia Nacional da Colômbia, em Bogotá, que matou 21 pessoas e feriu outras 68, no dia 17 de janeiro. O ataque já tinha sido imputado à guerrilha pelo governo colombiano do presidente Iván Duque, que interrompeu as negociações de paz em curso. O Ministério da Defesa colombiano já tinha identificado José Aldemar Rojas Rodríguez, alegado integrante da guerrilha, como autor material do ataque.
O ELN justificou as suas ações num artigo publicado na sua página oficial. Garantiu que a escola de cadetes é "uma instalação militar", onde se formam agentes que efetuam "inteligência de combate, realizam operações militares e participam ativamente na guerra contra a insurgência e fazem guerra aos protestos sociais". A guerrilha considera que "não houve nenhuma vítima não combatente", e que as suas ações estão dentro do direito de guerra, dado que "as Forças Armadas aproveitaram este cessar-fogo para avançar as posições das suas tropas", tendo a guerrilha qualificado o atentado como ato de "legítima defesa".
O presidente Iván Duque considerou o atentado um "ato terrorista" e foram imitidas ordens de prisão contra 10 membros da guerrilha que participavam nas negociações de paz em Cuba. Houve uma mobilização com cerca de 25 mil pessoas este domingo, em demonstração de solidariedade com as vítimas e as suas famílias, e onde esteve presente o presidente colombiano. Iván Duque afirmou que o propósito da mobilização foi "rejeitar o terrorismo e a violência".