Marcelo Rebelo de Sousa comentou esta segunda-feira os dados provisórios relativos à taxa de mortalidade infantil em 2018. O Presidente da República mostrou-se preocupado e defende que é preciso apurar as causas.
"Supondo que esses números correspondem à realidade, isso preocupa-me. Porque uma das bandeiras da democracia de Abril era uma mudança revolucionária no domínio da mortalidade infantil, uma redução drástica", referiu
"Se for verdade aquilo que foi noticiado e, se for verdade que uma das conquistas de Abril conhece uma evolução negativa, então o que é preciso é apurar porque é que isso aconteceu, para que não continue a acontecer", acrescentou.
Esta segunda-feira, a Direção-Geral de Saúde divulgou, no seu site oficial, os dados oficiais ainda provisórios relativos à mortalidade infantil. Em 2018 registou-se o valor mais elevado de mortalidade infantil desde 2013.
De acordo com os dados, a taxa de mortalidade infantil foi no último ano de 3,28 mortes por cada mil nados vivos, quando em 2017 tinha sido de 2,69 e em 2016 de 3,24.
Em comunicado, a Ordem dos Médicos pediu que fosse feito um “apuramento rápido” das causas que levaram a este aumento e que os dados são “preocupantes”.
Em declarações aos jornalistas, Graça Freitas frisou que “o número de óbitos aumentou, mas o de nascimentos também” e realçou que este são ainda dados provisórios.
“Ainda não há dados definitivos sobre os nascimentos em 2018, motivo pelo qual ainda não tínhamos publicado a taxa oficial de mortalidade infantil”, referiu.
Graça Freitas explicou ainda que se compararmos este ano com o de 2016 “é quase igual” e que "há estabilidade desde 2013 e estes valores são abaixo da média europeia”.
“[Em Portugal] estabilizámos em valores como três óbitos em cada mil nascimentos vivos, este é o número de referência para Portugal. Por isso, o número de mortes [infantis] está dentro do expectável para o nosso país”.
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