A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) garantiu esta segunda-feira que não teve intervenção no processo de licenciamento das pedreiras de Borba.
Mercês Ferreira, vogal da APA, foi ouvida, a pedido do Bloco de Esquerda, na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas para explicar o envolvimento da entidade tutelada pelo Ministério do Ambiente na tragédia da derrocada da estrada EN255.
Segundo a APA, o processo de licenciamento e declaração de impacto ambiental é da responsabilidade da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, neste caso do Alentejo.
"Em nenhum momento tivemos qualquer participação ou intervenção", garantiu Mercês Ferreiras, acrescentando que tal só acontece em “situações muito específicas” em que a instalação da pedreira “afeta recursos hídricos”
A resposta da representante da APA fez com que os partidos considerassem que não fazia sentido continuar a audição, à exceção do Bloco de Esquerda que continuou a questionar Mercês Ferreira.
"Neste caso quem tinha responsabilidade na declaração de impacto ambiental era a CCDR. Se fosse detetado algum problema seria à CCDR que caberia a responsabilidade de reportar às entidades fiscalizadoras", reafirmou a vogal da APA.
Um troço da EN255 desabou no dia 19 de novembro de 2018, entre Borba e Vila Viçosa, provocando a morte a cinco pessoas – dois operários da empresa de extração de mármore e três cidadãos.