O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, comentou as suspeitas de corrupção em torno do seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, durante a visita do presidente ao Fórum Económico Mundial de Davos. Flávio foi visado num relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que mostrou que Fabrício Queiroz, ex-assessor e ex-motorista do senador, movimentou 1,2 milhões de reais (perto de 280 mil euros) de uma maneira considerada "atípica" no relatório. Jair Bolsonaro, referindo-se ao seu filho, garantiu à Bloomberg: "Se, por acaso, ele errou e isso ficar provado, eu lamento como pai, mas ele vai ter que pagar o preço por essas ações que não podemos aceitar".
As movimentações suspeitas do ex-assessor de Flávio Bolsonaro foram encontradas durante uma investigação a corrupção no Congresso brasileiro. Vários deputados estariam envolvidos numa fraude apelidada de "rachadinha". Esta fraude consiste em assessores devolverem parte do seu salário aos deputados, como pagamento pelo posto de trabalho.
Foram detetados também 48 depósitos suspeitos na conta de Flávio Bolsonaro, cada um no valor de 2 mil reais (468,3 euros) em dinheiro. A Coaf diz não ter maneira de identificar sua a origem. Flávio afirma que vem da venda de um imóvel a dinheiro vivo.
O Ministério Público do estado do Rio de Janeiro abriu uma investigação a Flávio Bolsonaro. A investigação foi suspensa a 17 de janeiro, pelo Supremo Tribunal Federal, a pedido do senador, que invocou imunidade parlamentar.