Venezuela. Bolton ameaça Maduro com “resposta significativa”

O conselheiro de segurança nacional disse que ameaças ou intimidações aos diplomatas norte-americanas ou a Juan Guaidó seriam “uma grave violação do Estado de direito”

Os Estados Unidos ameaçaram a Venezuela com uma "resposta significativa" se o regime de Nicolás Maduro ameaçar ou intimidar Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional que se autoproclamou presidente interino, ou diplomatas norte-americanos no país. A ameaça foi proferida por John Bolton, conselheiro para a segurança nacional dos Estados Unidos, alertando que se os avisos não forem respeitados serão "uma grave violação do Estado de direito". 

"Qualquer violência ou intimidação a funcionários diplomáticos dos Estados Unidos, ao líder da Venezuela democrática, Juan Guaidó, ou à Assembleia Nacional representará uma grave violação do Estado de direito e terá uma resposta significativa", avisou Bolton através do Twitter. 

As movimentações contra o regime de Maduro sucedem-se e, numa tentativa para pressionar o executivo venezuelano, Guaidó apelou a protestos anti-governo nacionais e internacionais para o próximo sábado para apoiar a União Europeia contra Caracas. Pouco depois, o autoproclamado presidente apelou aos militares para que passem para o lado da "ordem constitucional" e abandonem o sucessor de Hugo Chávez.

Bruxelas ameaçou Caracas de que caso Maduro não convocasse eleições para os próximos oito dias iria reconhecer Guaidó como presidente interino da Venezuela. 

Recorde-se que no fim-de-semana Maduro desafiou Bruxelas instando-a a recuar no ultimato. "A Europa comete, mais uma vez, um erro em relação à Venezuela. Ignora a nossa história, apesar dos 200 anos da nossa liberdade", disse o presidente venezuelano num entrevista à CNN Turquia. "Os países europeus devem renunciar ao ultimato, ninguém se pode atrever a fazer-nos ultimatos", acrescentou.