“Estamos a travar uma guerra e não estamos ainda a ganhá-la. E trata-se de uma guerra em que o que está em causa é nem mais nem menos que a sobrevivência das democracias e das sociedades abertas. Se perdermos esta guerra, não se trata apenas de um jornal ganhar o lugar a outro, ou de um blogue superar outro. É uma guerra crucial para o futuro das democracias”, alertou o jornalista.
O especialista falava à margem de uma conferência sobre o combate à desinformação em linha – organizada pela Comissão Europeia e deixou a sua opinião bem vincada: “É uma guerrilha: não há um inimigo visível, somos atacados por «bolsas» de inimigos, e quando nos focamos numa, aparecem outras. Por isso, temos que combater com ordem, com paciência, com método, e sempre com um só objetivo em mente: salvar a democracia”, defendeu Gianni Riotta.
O especialista disse ainda que um dos erros que ainda se cometem nesta “guerra” é o de desvalorizar a magnitude dos ataques de que as democracias tem vindo a ser alvo: “A desinformação está a ser produzida numa escala industrial, por vezes por Estados, e é distribuída com o objetivo de atingir democracias. Não é um fenómeno natural, não se trata de um vírus para o qual se pode encontrar um antídoto. As ‘fake news’ são um sintoma, não a doença”, reiterou.
É necessário “recorrer a todas as armas, tecnológicas e humanas” para combater este problema.