Há cada vez mais pessoas que optam pela compra de produtos online. Em 2017, este tipo de comércio representou 38,1% do Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com os dados da Associação de Economia Digital (ACEPI), totalizou quase 75 mil milhões de euros.
Os mesmos dados mostram que o comércio eletrónico entre empresas cresceu cerca de 11% face a 2016. Já no que diz respeito ao comércio entre empresas e o consumidor final cresceu 11,3% face ao ano passado, assumindo um peso de 2,5% no PIB, valorizado em 4,6 mil milhões de euros.
No país, 34% dos portugueses fizeram compras online em 2017, sendo este grupo composto por pessoas com idades compreendidas entre os 16 e os 74 anos, mas 20% ainda não utilizam a internet.
Os sites mais procurados pelos portugueses são o Aliexpress, Continente e Booking e um terço deste compram em lojas chinesas ao contrário do que acontece com maior parte dos países europeus que optam por fazer estas compras em lojas nacionais. “Provavelmente a oferta em Portugal ainda não é tão diversificada e dominamos bem outras línguas”, explicou o presidente da ACEPI, Alexandre Nilo Fonseca. “Não tenho dúvidas de que o mobile ganhará grande expressão”,afirmou, uma vez que serviços como UberEats e Cabify têm ganho cada vez mais importância.
Ainda que os resultados sejam animadores, o presidente afirmou que existe ainda um "défice de conhecimento de utilização" deste tipo de ferramentas por parte dos portugueses, empregas e consumidor final. Agora, o objetivo passa por tentar acelerar "a próxima vaga de transformação digital da economia e da sociedade em Portugal” através de novas ferramentas.