PJ detém 24 pessoas por suspeitas de burla e branqueamento de capitais com negócios Airbnb e vendas online

Ao todo, foram detidos 11 homens e 13 mulheres

Esta sexta-feira, a Polícia Judiciária (PJ) – numa operação conjunta da UNC3T e da UNCC -, “no âmbito de vários Inquéritos dirigidos pelo Ministério Público desencadeou uma importante operação de combate à fraude cometida em plataformas tecnológicas de vendas de bens e serviços”, pode ler-se num comunicado enviado pela PJ.

No total, de acordo com a mesma nota, foram detidos 24 indivíduos – 11 homens e 13 mulheres -, com idades compreendidas entre os 22 e os 49 anos. Todos eles são acusados de vários crimes de burla cometidos através da internet.

“A atividade criminosa dos suspeitos consistia em simular a venda de bens, nomeadamente veículos automóveis de alta gama a preço reduzido face ao real valor de mercado ou o arrendamento de imóveis através da internet, levando as vítimas, todas residentes no estrangeiro, a efetuar pagamentos por meio de transferências bancárias, para contas bancárias abertas em Portugal. Após serem rececionados os pagamentos, as vítimas constatavam que os serviços pretendidos não lhes eram disponibilizados, verificando que tinham sido enganadas pelos agentes do crime, sofrendo um prejuízo patrimonial em consequência desses factos.”, esclarece a PJ em comunicado.

Os países afetados foram, na sua maioria, países da Europa, mas ainda assim as burlas assumiram contornos internacionais. Alemanha, Áustria, Espanha, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, República Checa e Turquia foram os países lesados. 

A PJ refere ainda que “o valor apurado de lesão patrimonial causado às vítimas é estimado, nesta fase num valor aproximado de 1.500.000,00 euros”.

Os 24 detidos vão ser presentes a interrogatório judicial para aplicação de determinadas medidas de coação.