Celso Pereira Nunes quis levar uma moção de estratégia global ao primeiro congresso da Aliança e, por pouco, poderia ter sido também o primeiro protagonista de uma polémica. Não teriam 100 assinaturas para apresentar a moção como tal, e por isso, chegou a queixar-se, mas o líder do partido deu-lhe palco para falar: 10 minutos.
O militante da Madeira e professor universitário começou o discurso por dizer: "O meu nome não é Tino, nem sou de Rans". O discurso inicial não agradou ao todo o congresso, houve quem lhe perguntasse o que "estava ali a fazer". Celso Pereira Nunes acredita que a Aliança não terá "leis de ferro dos oligarcas " e lembrou que as pessoas lá fora encaram os membros dos partidos como "lambe-botas". A intervenção foi sendo esgotada sem o militante explicar todas as suas ideias para o país. Assim, pediu aos congressistas, cerca de 600, que lessem o texto na plataforma Wix.
O docente acabou por defender uma visão da Europa federalista, ao arrepio do que defende Pedro Santana Lopes na sua moção e recebeu poucas palmas no final da sua intervenção.
Na sua moção para 'defender Portugal', Celso Pereira Nunes defende, por exemplo, um salário mínimo de 800 euros em 2022. Porém, o militante, ou aliado como alguns congressistas se preferem intitular, também preconiza o trabalho obrigatório na prisão, ou a castração quimíca de pedófilos.