O eurodeputado José Manuel Fernandes referiu que “o Governo não usou um cêntimo do Plano Juncker”, dizendo que “desde o início que se tem notado, por parte nomeadamente de Pedro Marques, o ministro do Planeamento, uma aversão ao Plano Juncker”.
Segundo afirma José Manuel Fernandes, “as empresas obtiveram financiamento e os seus projetos foram adiante, sem nunca o governo ajudar”, pelo que “são os privados que, sem apoio, puxam pela economia e ajudam à criação de emprego”, diz o eurodeputado durante uma entrevista ao Dinheiro Vivo.
“Em Portugal, o Plano Juncker já apoiou cerca de 12 mil PME e mobilizou mais de 8.800 milhões de euros de investimentos”, destaca o eurodeputado social-democrata, na mesma entrevista, salientando que José Manuel Fernandes (do PSD, Grupo Partido Popular Europeu) é um dos autores (relatores) da proposta, agora aprovada. A sua proposta de texto legal ganhou em plenário com 517 votos a favor, 90 contra e 25 abstenções.
“Tenho notado desde início, por parte nomeadamente de Pedro Marques, o ministro do Planeamento, uma aversão ao plano Juncker. Este tem grande sucesso em Portugal apesar do governo, apesar de Pedro Marques”, refere José Manuel Fernandes, após constatar que “Portugal teria um reforço do seu poder negocial e seria mais competitivo se tivesse uma instituição financeira dessas, o verdadeiro banco de fomento, a funcionar.” Mas “para já a Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD) não é uma estrutura que tenha músculo e capacidade”, acrescenta.