A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) recebeu 104 mil reclamações só no ano passado sobre o setor das comunicações. Do total, 23 mil dizem respeito ao serviço do setor postal, um número que representa um aumento de 43% (mais 6,9 mil) em comparação com o registado no ano de 2017. Uma evolução inversa à do setor das comunicações eletrónicas que diminuiu 4,5%, para um total de 81 mil.
O regulador diz que recebeu 20 mil reclamações sobre os CTT. O atraso na entrega conta com 17% destas queixas, o extravio com 10%, o atendimento com 9%, falta de tentativa de entrega ao destinatário com 8% e a distribuição com 7%. No entanto, em comunicado, os Correios garantem que as reclamações de serviços postais diminuíram 7% em 2018, afirmando que o relatório do regulador é “parcial”. Segundo as contas da empresa liderada por Francisco Lacerda, no ano passado, receberam, por todos os canais de entrada, o correspondente a duas reclamações por cada 10 mil objetos distribuídos.
Já no que diz respeito ao setor das comunicações eletrónicas, a Anacom diz que 96% das reclamações dirigiram-se aos três maiores operadores, MEO, NOS e Vodafone com 43%, 32% e 21%, respetivamente. A NOWO foi responsável por 3% destas reclamações, menos 30% face a 2017. As reclamações dirigidas à MEO aumentaram 23%, com 23 mil reclamações. Já na Vodafone o número subiu 12%, com 14 mil reclamações registadas enquanto a NOS registou um aumento de apenas 3%, tendo no entanto mais reclamações que a NOS, 21 mil.
As principais razões de queixa prendem-se com avarias, 16%, faturação, 14%, e cancelamento de serviços, 10%.