1.O dia 14 de Fevereiro, dia dos namorados, dia do amor – e dia historicamente vergonhoso para a Europa (pelo menos, para uma parte da Europa). Podemos até afirmar que a Europa – a União Europeia e os seus líderes de facto, a Alemanha e a França – negou o seu amor à aliança atlântica e saiu do armário para declarar a sua paixão pelo regime bárbaro iraniano dos Ayatollahs.
Em dia de amor, enfim, a Europa – liderada pelos já quase defuntos políticos, Angela Merkel e Emmanuel Macron – traiu os EUA e tornou pública a sua paixoneta (para já, só com sexo sem compromissos, oxalá – a bem de todos nós – que não evolua para algo mais estável e duradouro) pelo maior exportador de terrorismo internacional e ameaça à paz colectiva que é o regime revolucionário iraniano.
É um retrato perfeito do estado actual da União Europeia: à certeza dos compromissos e da amizade assente em valores comuns, os líderes europeus preferem o “tough love” das negociatas com os Ayatollahs.
Se bem repararmos (para nosso pecado), os líderes políticos iranianos e europeus têm muito em comum: os iranianos são os Ayatollahs; esta classe política europeia de terceira ou quarta classe são os “Ai que tolas” – falta-lhes em “tola”, em juízo e lucidez, o que lhes sobre em incompetência, arrogância e prepotência.
2.Esta nossa conclusão irrefutável decorre da ausência de representação política significativa da União Europeia e dos países da Europa Ocidental na conferência sobre a paz e a estabilidade no Médio Oriente, realizada na passada quinta-feira em Varsóvia.
Esta iniciativa contou com a participação activa de países árabes, da América Latina, de Israel e dos EUA – aliás, o referido evento político traduz mais um acto ilustrativo do empenho máximo e compromisso da administração Trump com a defesa da paz nessa região do globo.
Muitos – como já é habitual- pretenderam rotular a Conferência de Varsóvia (a designação já faz ressoar algo de histórico) como um duelo entre Israel e o Irão.
Alguns – sobretudo, a imprensa e os novos políticos democratas cujo discurso evoca o mais sombrio e preocupante tom anti-semita – até qualificaram a iniciativa como um frete ao Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu, evidenciando o seu alegado carácter “anti-Irão”. O Secretário de Estado, Mike Pompeo, respondeu à altura, asseverando que a discussão se centrou na segurança do Médio Oriente, logo, não ignorou o Irão dos Ayatollahs, na medida em que este regime bárbaro é a principal ameaça à segurança naquela região do globo.
Qualquer discussão séria sobre segurança internacional, não pode ignorar o problema que o Irão representa para todos nós – e a tendência é para aumentar a sua rede de franchising terrorista, pois só o ódio assassino é capaz de continuar a legitimar o regime, apesar das condições miseráveis de vida que os ayatollahs oferecem ao seu povo.
3.Por curiosidade, nós aqui afirmámos que o regime terrorista iraniano dos Ayatollahs é o sucedâneo actual do nazismo – ambos são globalistas, imperialistas, autoritários, totalitários e anti-semitas (que, no caso do Irão, reveste a forma de oposição feroz e apelo à morte do Estado de Israel) – pois bem, o Vice-Presidente Mike Pence, numa brilhante intervenção na Polónia, afirmou, sem tergiversações, que o Irão está preparando um novo Holocausto.
É isto mesmo: o Irão dos Ayatollahs já só vive para destruir Israel e, posteriormente, toda a civilização ocidental, através dos seus braços armados terroristas – a Europa, essa, não aprende com os erros que cometeu ao longo da história: tal como Chamberlain e os líderes franceses de então fecharam os olhos a Hitler (e, no fundo, até achavam piada), os líderes europeus voltam a aliar-se a quem prepara silenciosamente uma nova descida ao “grau zero da humanidade”.
Para nós, a reacção sobretudo do Presidente Macron é perplexizante: então, o líder do país que viu centenas dos seus compatriotas serem chacinados nas ruas do próprio país – aceita aliar-se aos financiadores e autores morais dos ataques assassinos?
Então, o mesmo Macron que cortou financiamento a algumas associações com ligações ao Irão, porque reconheceu que os ayatollahs são um perigo para todos nós – depois predispõe-se a negociar com o Irão e a proteger os Ayatollahs, que o seu Governo reconhece ser terrorista? Que confusão!
O mais dramático é que a Europa hoje é isto…
Mais: a França e a Alemanha encontraram um mecanismo que permite ao regime bárbaro iraniano contornar as sanções impostas pelos EUA – ou seja, o impacto da medida de contenção e pressão sobre os Ayatollahs do Presidente Donald Trump será reduzido em virtude da acção…dos líderes europeus!
Já sabemos o que irá acontecer: no dia em que se verificar mais um atentado terrorista nas ruas europeias, os líderes europeus vão chorar lágrimas de crocodilo e dizer, urbi et orbi, que fizeram tudo o que estava ao seu alcance…Ah – e temos que nos habituar a conviver com a carnificina terrorista…
Felizmente, os EUA, sob a liderança audaz do Presidente Trump e a coragem e determinação do Secretário de Estado Mike Pompeo, juntamente com a maioria dos páises árabes e potências da América do Sul concordam que o Irão é uma ameaça à paz mundial que não pode ser ignorada. Antes, a comunidade internacional deve estar ao lado do povo iraniano que se quer libertar do regime que os oprime há quarenta anos.
4.Por último, urge referir que Portugal – como já vem sendo hábito – não se fez representar na conferência de Varsóvia; nem sequer através do seu Embaixador na Polónia.
O nosso país fica, pois, de fora da discussão dos assuntos que mais interessam ao equilíbrio geopolítico internacional. Há um debate que, um dia, teremos de fazer: se queremos uma política externa apenas assente no ganho de “tachos” para socialistas (porque já percebemos que se for um não socialista , não vale a pena – veja-se Durão Barroso, que foi eleito para Presidente da Comissão Europeia e a esquerda não abandona a história que foi o Presidente Bush a impor…); ou, em alternativa, se queremos uma política externa afirmativa, que defenda os nossos valores e as nossas aspirações estratégicas.
O Presidente Marcelo e o establishment gostam de afirmar que a política externa pátria é especialista em “fazer pontes” – ora, aqui estava uma excelente ocasião para “fazer pontes” entre o mundo árabe, Israel , os EUA, Brasil para conter a ameaça iraniana. No entanto, Portugal optou não por “fazer pontes”, mas sim por “fazer ponte” – faltar e ir de fim de semana….
5.Dirão que este é um assunto que não interessa a Portugal.
Que Portugal deve ficar na sombra, porque não é um interessado directo; afinal de contas, o Irão fica lá longe….
Pois, mas o Hezbollah – o filho adoptivo do terrorismo do regime iraniano dos Ayatollahs – já está presente ali no Reino de Marrocos, tentando desestabilizar o país.
Uma das prioridades do terrorismo radical iraniano, através do Hezbollah, é conquistar Marrocos, dando-lhe acesso privilegiado à Europa. Ou seja, os Ayatollahs visam ficar à porta de Portugal.
Marrocos cortou relações com o Irão, precisamente em virtude do facto do Hezbollah financiar a Fente Polisário – eis, pois, uma razão para Portugal não embarcar em aventuras com o terrorismo radical dos Ayatollahs…
Urge, pois, uma nova política de exigência dos portuguese para com os seus políticos, incluindo em matéria de política externa.
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