O Metropolitan Museum of Art (MET), em Nova Iorque, vai devolver um caixão revestido a ouro ao Egito depois de descobrir que a peça – que compraram, pensando que de forma legítima, a um negociante de arte em Paris por 3,5 milhões de euros – tinha sido afinal roubada do país em 2011.
Trata-se de um caixão revestido a ouro datado do século I a.C. que terá pertencido ao sacerdote Nedjemankh. O museu organizou até uma exposição, inaugurada em julho ano passado, em torno da nova peça do acervo, intitulada Nedjemankh and His Gilded Coffin. A exposição deveria fechar portas em abril, mas perante este cenário o MET resolveu encerrá-la sem demoras e devolver o caixão ao Egito, contava na semana passada o New York Times, que teve acesso à investigação.
O MET tinha adquirido o caixão há dois anos, achando que estava a comprar uma peça até então mantida por um colecionar privado, depois de ter saído de forma legal do Egito em 1971. Terá sido o vendedor da peça, um homem chamado Christophe Kunicki, a falsificar os papéis da sua proveniência.
O museu já admitiu que tinha errado e levantou um processo contra o negociante. «O nosso museu tem de ser um líder entre os nossos pares no respeito pela propriedade cultural e no rigor e transparência na política e práticas que seguimos», afirmou o diretor do museu, Max Hollein, em comunicado. «Vamos aprender com este acontecimento».