Embora o Governo tenha anunciado a contratação de 1067 funcionários para as escolas, os diretores continuam a afirmar que o número não é suficiente para colmatar as carências das instituições.
"Estou em crer que não serão suficientes. É uma medida positiva mas insuficiente", refere Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (Andaep), citado pelo Correio da Manhã.
O mesmo jornal escreve ainda que na Escola Básica do Santo Condestável, em Lisboa, os pais queixam-se de que chega a haver apenas uma auxiliar para 230 alunos.
Muitas das escolas vêm-se obrigadas a encerrar por não haver auxiliares suficientes.
Na EB1 Vale de Alcântara, em Lisboa, a escola já teve de encerrar quando faltou uma auxiliar para vigiar 80 crianças. Interpelado pelo Correio da Manhã, o agrupamento Manuel da Maia, agrupamento ao qual pertencem estas duas escolas, não quis prestar esclarecimentos.
Outras escolas não encerram. No entanto, deixam de prestar alguns serviços, como é o caso da Escola Secundária de Canelas, em Vila Nova de Gaia. Segundo o Correio da manhã, nesta escola não há aulas de Educação Física e são os professores a fazer o trabalho dos funcionários.
"Convido o ministro das Finanças a visitar uma escola para perceber como se trabalha e como é que se consegue fazer omeletes sem ovos, porque a qualidade do ensino ministrado continua a ser elevada", referiu ainda Filinto Lima.
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