Ordem dos Médicos condena “veementemente” agressão contra médico no Hospital de Peniche

“Este caso é um espelho grave da situação de insegurança que se vive no Serviço Nacional de Saúde e de um clima de conflitualidade institucional que infelizmente é alimentado pela própria tutela e que não dignifica nem beneficia ninguém”

Esta segunda-feira, dia 25 de fevereiro, a Ordem dos Médicos reagiu, através de um comunicado, ao esfaqueamento de um médico no Hospital de Peniche por parte de um doente, que entrou na sala de operações deste centro hospitalar, afirmando que "condena veementemente" a situação.

"Este caso é um espelho grave da situação de insegurança que se vive no Serviço Nacional de Saúde e de um clima de conflitualidade institucional que infelizmente é alimentado pela própria tutela e que não dignifica nem beneficia ninguém", pode ler-se na nota emitida pela Ordem dos Médicos. 

De acordo com o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, "o aumento de casos de agressões contra profissionais de saúde é o espelho do desinvestimento do Governo no Serviço Nacional de Saúde e da insistência numa política que cria ambientes de tensão que prejudicam profissionais e utentes".

"Os médicos estão a ser obrigados a cumprir horários desumanos e a dar resposta a um número de doentes que está muito para lá do aceitável e que os coloca em situações de sofrimento ético, com prejuízo para a qualidade e a segurança clínica", acrescenta o responsável. 

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